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Candidatos a prefeito e vereador de Argirita são indiciados pela Polícia Civil por compra de voto

Victor Simas, do Republicanos, e Ruimar de Almeida, do Mobiliza, são acusados de oferecerem cestas básicas em troca de votos

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou Victor Simas (Republicanos), candidato a prefeito de Argirita, e Ruimar de Almeida (Mobiliza), candidato a vereador, conhecido como Tio Rui, além de outras oito pessoas relacionadas. Eles são acusados de corrupção eleitoral pelo delegado Andre Luis Dias Lima, de Leopoldina.


As investigações começaram após uma mulher ser presa, no início do mês passado, por suspeita de recrutar e coagir eleitores, fornecendo cartões de vacinação, com endereços falsos, em troca de cestas básicas para que os eleitores transferissem seus títulos para o município.


Ouvindo testemunhas e investigados, um homem, que trabalha em uma fazenda na zona rural, prestou depoimento dizendo que se mudou para Argirita em março deste ano e transferiu o título de eleitor em maio. Após a transferência, os candidatos Victor e Ruimar visitaram a casa, perguntaram se os moradores votaram na cidade e se aceitariam uma cesta básica, entregue por outra pessoa no dia seguinte, além de uma cesta de verduras. 


A esposa do homem confirmou o depoimento e acrescentou que Victor perguntou se os filhos estavam na escola, além de se colocar à disposição para auxiliar a família no que precisassem.


Os investigadores também encontraram uma agenda na casa de um tio de Victor, em que havia anotações sobre a campanha eleitoral, sobre cestas básicas, pagamento de prestações de carro, conserto de veículo e de uma obra inacabada. “De acordo com os investigadores de polícia, essas práticas, se comprovadas, podem indicar a compra de votos através da concessão de vantagens financeiras e materiais diretos, o que além de reforçar a tese da fraude eleitoral, configura uma grave violação dos princípios que regem o processo eleitoral”, diz o inquérito policial.


Além disso, há uma lista de nomes vinculados ao partido do candidato a prefeito com as letras “PG”, que indicariam pagamentos realizados. Para a polícia, isso “reforça a hipótese de que recursos financeiros foram distribuídos de forma indevida, possivelmente configurando crime eleitoral”.


Ainda há a verificação, por meio de mensagens via Whatsapp, de que havia o transporte de pessoas para consultas médicas em outras cidades, incluindo Juiz de Fora. Em tese, afirma a investigação, isso aconteceria também em troca de votos e a gasolina seria custeada por Victor.


Fonte: Tribuna de Minas

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