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Finalmente Uma Boa Notícia

A semana, da mesma forma que anterior, foi dominada pelas queimadas e seus desdobramentos políticos, o Supremo e suas decisões alucinadas, mas teve, finalmente, um número alentador, que foi o crescimento do PIB.

No caso das queimadas, o Governo conseguiu sair das cordas e tomar algumas iniciativas. Colocou o Exército para apagar fogo, a Polícia Federal para caçar e prender os responsáveis pelos incêndios criminosos, editou decreto de proibição de queimadas e conseguiu achar um tom mais moderado, para o diálogo internacional sobre o meio ambiente. Enquanto o Governo agia o Ministro do Meio Ambiente foi internado, vítima de um infarto e se descobriu que muitos incêndios são provenientes de assentamentos da Reforma Agrária. À medida que a fumaça se dissipar, talvez consigamos ter um panorama mais realista da situação na Amazônia e, quem sabe, se possa chegar um projeto de desenvolvimento sustentável para a região, com menos ONG’s e mais Governo.

O Supremo, mais uma vez não decepcionou, depois de proibir a Receita Federal de fiscalizar a renda de Ministros da Suprema Corte e seus familiares, depois de censurar a revista CRUSOÉ que publicou uma reportagem sobre a mesada de R$ 100.000,00 recebido pelo Presidente Toffoli, de sua esposa advogada, depois de suspender todas as ações e investigações oriundas dos dados obtidos pelo COAF, essa semana, a segunda turma do Supremo resolveu anular um processo, mediante um malabarismo jurídico, onde se determinou que em processo onde exista réu delator, as alegações finais dos demais réus só poderão ser feitas após as alegações do réu delator. A decisão se deu sem nenhum amparo ou previsão legal para tanto, e, inacreditavelmente, retrocedeu a decisão no tempo para beneficiar um réu já julgado. A nossa Suprema Corte, criada para dirimir as questões constitucionais, cada dia que passa, tem se transformado num “puxadinho de cadeia” se dedicando quase que exclusivamente a manobras exóticas para livrar ladrões endinheirados da cadeia. A decisão trouxe ainda uma surpresa desagradável, a Ministra Carmen Lúcia votou seguindo orientação do Ministro Gilmar Mendes, segundo boatos que correm em Brasília, a Ministra está muito sensibilizada com a situação do Lula preso em Curitiba e estaria sendo convencida a mudar suas posições em prol do seu padrinho para o Supremo, dizem.

O PIB, do segundo semestre de 2019, surpreendeu a todos e teve o valor de +0,4%, depois do resultado de -0,1% do primeiro trimestre. Foi um resultado robusto frente a um pessimismo generalizado quanto aos rumos da economia. A nossa economia recuou -3,5% em 2015, outros -3,5% em 2016, totalizando uma queda de -7,0%, no segundo mandato da Dilma. A situação se reverteu lentamente com o Temer, +1,1% em 2018 e + 1,1% em 2018. O Governo Bolsonaro começou e as incertezas do primeiro trimestre produziram um primeiro PIB negativo. O segundo número agora, não surpreende pelo volume, que ainda é pouco, pois ainda não recuperamos nem 30% das perdas do malfadado período Dilma e a sua “nova matriz econômica”. Surpreendeu também pela sua composição. O aumento do PIB foi puxado pela Industria, que finalmente reagiu, voltou a aumentar a produção e empregar, e aumentou a produção principalmente de máquinas e equipamentos, o que indica a existência de investimentos produtivos, a construção civil, grande empregadora de mão de obra, também reagiu positivamente. O PIB cresceu apesar de não ter havido praticamente nenhum investimento público, dado que o Governo Federal está literalmente quebrado e não está se endividando, para influenciar o crescimento econômico. Esse PIB cresceu, apesar do Governo. A economia brasileira finalmente reagiu, enterrou o dirigismo público e anda com os seus próprios pés. Essa sim é a grande novidade desse PIB, a nossa economia está se desgarrando dos lobbies de Brasília e se voltando para o mercado. Melhor notícia, na área econômica, não há. Além do PIB outras boas notícias saíram essa semana, o Governo Federal operou com o menor déficit em suas contas desde 2014, a inflação continua em queda e é muito provável que tenhamos outra queda na taxa de juros. A taxa de desemprego continua baixando, pouco, mas continuamente. Falta muito para voltarmos ao que éramos em 2014, mas estamos na direção certa.

Mãos à obra.


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