Justiça prorroga prisão de diretor contábil e financeiro da Câmara de Muriaé
Ação ocorre desde o ano passado e apura diversos crimes contra o patrimônio público. Em nota, o Legislativo se manifestou; confira e relembre a investigação.
A Justiça determinou a prorrogação da prisão do diretor contábil e financeiro da Câmara de Muriaé, que não teve o nome divulgado, que foi um dos alvos da 3ª fase da Operação "Catarse". A informação foi divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A prisão do investigado ocorreu na semana passada durante uma operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Zona da Mata. A ação ocorre desde o ano passado com o objetivo de apurar crimes contra o patrimônio público, como corrupção passiva, concussão, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O QUE É INVESTIGADO?
Conforme o MPMG, é investigada a existência de um esquema criminoso composto por vereadores e empresários, que consiste na emissão de notas fiscais "frias" emitidas para "legitimar" o pagamento ilícito de verbas.
Também são apuradas condutas de agentes políticos da Câmara de Muriaé. Segundo o órgão, "servidores eram obrigados a repassarem partes dos salários a eles".
"Das vítimas, alguns declararam que ficaram endividados e chegaram a adoecer em razão das ameaças indiretas perpetradas pelos investigados", afirmou o MPMG.
Um esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro também é investigado e o prejuízo é de mais de R$ 10 milhões. Confira abaixo um levantamento do Gaeco sobre os danos causados:
R$ 310.550,96 em cheques apreendidos;
R$ 77.228,30 em dinheiro apreendido;
R$ 34.481,92 bloqueados judicialmente;
13 veículos entre caminhão, caminhonete, carros e moto;
2 carretas.
Fonte: G1 Zona da Mata
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